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Sorrir é sempre o melhor remédio!

Pessoas que sorriem mais têm melhor qualidade de vida

Por Pauline Machado

 

"É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe”, já dizia Vinícius de Moraes. Mas, você sabia que nosso rosto é formado por mais de 30 músculos e, que, quando sorrimos, quatorze deles - praticamente a metade, se movimentam? Além disso, a cada sorriso o cérebro faz conexões que o faz produzir mais endorfina, o neurotransmissor relacionado às sensações de prazer e bem-estar, nos proporcionando estado de relaxamento.

 

De acordo com Carolina Chedier, Fonoaudióloga, Mestre em linguística pela UFRJ e pós-graduada em educação e reeducação psicomotora pela UERJ, algumas pesquisas já comprovaram que essa ação bioquímica causada pelo sorriso tem como resultado reações benéficas que são tão eficazes quanto o relaxamento, a meditação e os exercícios físicos. “O sorriso provoca também uma estimulação cardiorrespiratória, aumentando o fluxo sanguíneo e a concentração de oxigênio no sangue. Além de ativar o sistema imunológico, principalmente contra doenças causadas pelo estresse”, garante a especialista.

 

Ao causar esse bem-estar físico, a alma e o espírito seguem o mesmo caminho, complementa Carolina. “Temos o exemplo dos Doutores da Alegria, grupo de voluntários que visitam hospitais vestidos de palhaços. Geralmente os pacientes visitados por eles apresentam uma maior disposição para enfrentar a doença’, justifica Chedier.

 

Ainda assim, há pessoas que não dão nem um sorriso por dia, devido a vários motivos – seja por uma criação rígida e repressiva, ou por já terem sofrido com muitos problemas e situações difíceis, etc....

 

Por outro lado, há aquelas que mesmo diante das dificuldades não se deixam abater pelos problemas. “O contrário também é válido, quanto menos você sorri, mais sério você fica, pois, a falta de uma sorriso causa tensões e descargas de adrenalina que são como uma bola de neve, crescem cada vez mais. Evidenciamos que o riso fácil é uma característica típica das crianças, dos adolescentes e dos adultos jovens, das pessoas mais simples e das comunidades humanas mais primitivas. Fato que favorece a teoria de que essa seriedade advém da sociedade e modo de criação familiar”, explica a fonoaudióloga.

 

Convívio social

As crianças são bastante espontâneas e, no geral, têm riso solto, extravagante, mas, há pais que reprimem a maneira dos filhos rirem. Tais atitudes por parte dos pais ou responsáveis podem transformar essas crianças em adultos sérios, impacientes, irritados rígidos, autoritários e tensos, afirma Carolina Chedier. “Pessoas assim são mais propensas a problemas de saúde, imunológicos, cardiocasculares e emocionais. Além disso, existem os benefícios sociais do sorriso, como por exemplo atrair amizades e relações afetivas, aumentar a confiança dos outros em você”, ressalta.

 

 

Quando adulto, o sorriso também segue influenciando no convívio social do indivíduo, como em dois casos distintos: os comerciantes, que quando sorriem dão a impressão de terem prazer em lhe atender, causando grande empatia. Ao mesmo tempo, esperamos uma postura séria de um advogado. Num tribunal, aquele profissional que ficar o tempo todo sorrindo durante a defesa de um processo, não passará a mínima seriedade e credibilidade do seu trabalho, ilustra a fonoaudióloga. “Um sorriso pode também ‘desarmar’ um conflito eminente, colaborando para um melhor convivência no trabalho. No entanto, em alguns segmentos há de se tomar alguns cuidados.

 

Pessoas que trabalham na área de serviços, como comissárias de bordo, vendedores e recepcionistas são efetivamente pagas para sorrir e muitas vezes esses sorrisos ‘falsos’ podem ter o efeito contrário e provocar possível desconfiança, exaustão e antipatia”, atenta e conclui. “De modo geral, sorrir é sempre o mais indicado para a melhoria da qualidade de vida, pois, melhora na saúde física, mental e emocional, além de também beneficiar as relações interpessoais e profissionais, ou seja, vale a pena sorrir!”, recomenda.

 

 

 

 

 

 

 

          

                                                         

 

                                       

 

 

 

 

                 

 

 

 

 

 

 

Carolina Chedier, Fonoaudióloga, Mestre em linguística pela UFRJ e pós-graduada em educação e reeducação psicomotora pela UERJ.

 

 

Qualidade de Vida

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